quinta-feira, 11 de agosto de 2011

não me sai da mente a possibilidade de trabalhar a experiência com as pombas a partir da idéia de bando.

coletivo enquanto bando que se desloca no espaço, com indíviduos bichos-pombas organizados em sua desordem. para se formar esse coletivo seria interessante estabelecer esse corpo bicho individualmente para depois se formar um bando.

bando que vai em busca das suas necessidades, assim como o homem na cidade. (afinal somos animais, né? às vezes até me esqueço disso...) com fome ou com a necessidade do trabalho, de viver, de crescer, alcançar.

esse bando parte da ideia do bicho, porém se reconfigura conforme a necessidade do coletivo podendo se desprender do corpo bicho, mas não se desprender da idéia de bando, para que dessa maneira possam vir referências de outras intervenções. penso que éramos um bando dentro do ônibus cantando. esquecemos de que somos animais, assim como de que não estamos sozinhos na cidade, depende da relação que estabelecemos com ela e com quem a habita...

mas não posso negar também que a experiência de visitar o largo do rosário (espaço ironicamente habitado por inumeras pombas) sempre vai estar marcada pela conversa que tive com o jardineiro Edson, que disse:

todo mundo joga tanta coisa fora e não quer gastar um dinheiro para a limentar os pombos? ...dizem que eles trazem doenças, a doença está na lingua, a gente é que chama a doença e não os pombos... experimenta dar comidas para os pombos, os pensamentos saem da cabeça, não é bom?





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