quinta-feira, 22 de março de 2012



http://www.ciewdorner.at/index.php?page=photos&anode=18#album18

http://www.youtube.com/watch?v=3wfMVOem5iY





http://www.blckdmnds.com/intervencoes-urbanas-mark-jenkins/


nossa muito bom mesmo fer! tudo isso me faz pensar na nossa instalação.
corpo aderindo ao meio, criação de imagens, afirmação de interesses...
beijos

muito bom mesmo. demais. muito.

aliás, tive umas questões ontem sobre o trabalho do atos urbanos, pensando, no metrô.
sobre o que se quer falar com esse trabalho? o que move esse trabalho?

porque as intervenções já são suficientes de sentido e de propósito só pela ação de interferir, causar ruído no cotidiano.

mas quando a gente está sala de trabalho qual a intenção, do que a gente está falando, qual o tema gerador?
não estou querendo achar um sentido pro trabalho agora, até porque ele ainda não existe. mas estou querendo saber da onde ele parte, de que vontade ele parte.
me veio essa questão pensando sobre o ensaio de sexta. que foi ótimo! como é bom mexer, mover... a proposta foi interessante, mas é como se eu pudesse ter feito esse exercício em qualquer workshop. ou seja, pra mim ficou descolado do que impulsiona esse projeto.
não é uma crítica! foi o primeiro ensaio e eu acho que um bom exercício cai bem.e eu ainda to caindo de para-quedas.
mas, falando em cair, ainda não tinha me caído a ficha de querer saber sobre o que é o trabalho "atos urbanos". ansiedade de trabalhar a prática.
será que se eu ler o projeto ajuda?
alguém pode me mandar?
beijocas em todas e no fer por ter mandado esses links demais!

bom,

é fato que sempre tivemos dificuldades em definir "o que move esse trabalho".
acredito que exista um certo imaginário comum, algumas questões que nos
permeiam, mas ainda num lugar mais das percepções individuais do trabalho e
não de um consenso.

pensar sobre a prática isoladamente me parece mais simples: o que foi interessante,
o que vale a pena retomar, o que não faz sentido em fazer, o que precisamos trabalhar.
Sabemos identificar o que nos é potente, mas, o que faz as coisas serem potentes para nós?
(né, ju??)

Já tentamos diversas vezes nos concentrar nisso, mas vejo que estamos ainda
numa fase de descobertas e de indefinições.

acho que, na realidade, temos (tenho) a dificuldade de definir um fio. É como se, de repente,
toda a prática/experimentação se legitimasse em função desse tema/motivo. É um
medo bobo, eu sei, mas existe - é preciso desafiá-lo.

acho um bom momento para pensármos sobre isso...

pra mim pensar a idéia de "bando" não veio a toda, como uma boa idéia. Acho que
nesta palavra/conceito pode co-existir uma séria de outras questões que fazem vibrar
o trabalho e o grupo. Como pensar a relação entre o corpo e a cidade a partir da idéia de bando?
Acho que tem a ver, por exemplo, com aquilo que coloquei sobre as intervenções na reunião
que tivemos na casa da tota: as intervenções tiveram, em sua maioria, escolha de ações
"simples", "comuns", "cotidianas" que consideram o corpo como parte da cidade, ou seja,
um corpo que se camufla e se confude com a cidade mas que, ao mesmo tempo, se distancia dela, se despreende, se descola.
Isso é, inclusive, uma questão presente em diversos trabalhos de intervenção urbana. O interessante
para mim foi pensar a idéia desse "corpo interventor" e, nesse sentido, como relacionar as linguaguens
da dança e da intervenção urbana.

revi umas anotações que fiz um tempo atrá e que tinha mandado pra vocês:

Penso na confusão entre um corpo ora integrado à cidade, construtor de histórias, condutor de si, dono das suas próprias ações e vontades, livre para expressar-se e pensar, e este mesmo corpo sendo ferramenta de consumo, sendo imagem e mercadoria, passivo, vulnerável, alheio e, por isso, reprodutor de desigualdade.
A luta pela sobrevivência. A necessidade quase que instintiva de ser um só corpo, e não um solitário.
O corpo não é a cidade. Porém tem relação com ela. E pode ser então que um corpo exista expulsando-se do corpo do outro, tomando espaço, ocupando. Expulsando-se do corpo da cidade. Desafio desejado de não repetir a si como elemento na cidade mercadoria, mas encontrar o lugar da ação potente. Não da resposta reconhecível. Fazer-se corpo coletivo, corpo partido-com o corpo do outro

Na verdade penso que essa questão/tema precise ser o mais simples possível e,
principalmente o menos conclusiva e o mais próxima da realidade de nossas vidas.

para irmos delimitando cada vez mais acho importante que o pensar sobre o trabalho
estimule a invenção de laboratórios práticos e pontos de partida corporais, ao mesmo
tempo que a experiência da sala nos motive a pensar também em conceitos, relações,
palavras... Isso é óbvio, eu sei, porém não é naaaada simples de se fazer.

quero ouvir (ler) de vocês tbm.

Beijos amores!!!

Ps 1: Júlia, não adiantaria ler o projeto. Ele nã vai nos ajudar para isso nesse momento pois o
texto está super amplo...

Ps 2: Fer, muito legal o trabalho q nos mandou. Valeu!!!!

si, muito bacana tudo que você escreveu e para mim está muito presente essa questão do bando. primeiro por que corporalmente ele já tem uma vivencia, um histórico... segundo pq uma coisa é uma pessoa sozinha propor algo e outa coisa é um grupo propor algo no meio de tantas indivualidades (na cidade, por exemplo. digo por conta das experiencias das intervenções). são poucos os coletivos que encontraos no nosso cotidiano.

qual é a capacidade de um grupo de pessoas articuladas?
dentro do contexto da arte, mas pensando tb de modo mais amplo.
o que pode um coletivo?


lembro de uma vez que a christine greiner foi na unicamp e comentou " a dança contemporânea necessita de coletivos e de trabalhos que sejam resultado dessa configutração" .. estou cada vez mais considerando isso... é justamente o que sai dessa convivencia e experiencias que me interessam, e que se fazem particular justamente por estarem a construir um conhecimento comum. que não é o que eu penso ou o que cada uma pensa do trabalho, mas o que é criado a partir das nossas relações.

acho que precisamos ser mais bando mesmo, sabe? sabe animal? sabe instinto? latencias? necessidades de sobrevivencia?desorganizações e organizações aliadas às vontades? sabe quando fazemos o katsugen? o corpo que a voz constrói?

mas também penso que a instalação trabalhará com muitas imagens, que afirmarão nossos interesses...construirão linguagem e nossa dança estará junto disso.
assim como nos links "do fer" sinto queo corpo pode estar "a serviço" de uma idéia. como fazemos issso? chegamos a um consenso do que queremos falar? que imagens da cidade nos interessa afirmar? o que fica de mais marcante pra cada um do grupo na sua relação com a cidade?


então julia, as perguntas que vc nos coloca são importantissimas, mas são perguntas que também nos colocamos e que não sabemos responder tanto quanto você... mas compartilho essa ansiedade de entender o que queremos dizer. acho que precisamos exercitar esse diálogo entre questões que nos movem e criação de procedimentos como a sisi comentou.
sinto que por não termos uma pessoa com a função de definir ou dirigir, nossos trabalhos são fruto de diversas direções...
estamos deskcobrindo os nossos "comos"
tudo leva tempo...
mas acho que definirmos como ponto de partida uma metáfora (bastante pratica) nosso trabalho pode ser mais profundo. por isso concordo com a tota, se vamos trabalhar voz, vamso trabalhar próximo da ideia de bando, retomando todas aquelas ligações que fizemos na ultima reunião...e senti isso muito presente na sexta.



ao mesmo tempo que não imagino essa questão central surgir arbritriamente de nossas borbulhantes oito cabecinhas... acho que ela surge de muita construção, entre diálogos, laboratórios e cervejas.


beijos a todos.

pensando nos trabalhos do link... lembrei das nossas conversas de mimestismo x estranhamento....
mais coisas a dizer:

as vezes duas propostas , uma que leva a outra:

1
corpos que inicalmente se integram às imagens da instalação (dupla ou sozinhas)
o foco esta na criação de uma imagem plastica
corpo que compõe, de certo modo, também como objeto, também cidade


2
encontros dos "corpos" , com animo, nao mais a serviço... o bando.
criadores de imagens que se transformam em constante movimento e convivencia coletiva...



como se tivessemos dois momentos:
quando sozinhas nossas individualidades estao camufladas no espaço e imagens
quando estamos no coletivo nossas indivudulaidades estão mais aparentes, mais ativas apesar de interdependencia , ou melhor, por conta dessa dependencia do grupo. bando!



me segura...rs
chega de trabalhar de domingo, ver o curintia e beber cerveja!
sossega carol! rs


beijos amores


Nossa!!! Gostei muito!!!

Fiquei curiosa... Parece que a maioria das fotos são reais. Será que tem algumas feitas no fotoshop??

Tipo a que eles estão integrados no mato?? Ou a que o cara está no lago sendo segurado por balões?

Muito bom mesmo!!!!!

Adorei!!!!

Ainda estou aqui olhando...

Bjim

Tota

nada é montagem, tota...o cara é essencialmente um escultor...

Gente, muito bacana Fer!! Agora estou olhando de novo com calma e está me inspirando muito!!

Acho importantíssimos fomentarmos essas discussões, pq realmente são questões que todas nós temos e nada melhor que o bando para conseguirmos entendê-las.

Podemos começar a pensar um pouco nisso, incluir esse momento reflexivo e inspirador em nosso processo criativo, em nossos ensaios. Trazermos essas referencias que nos inspiram e podem até ser coisas nossas mesmo, nossos vídeos, fotos, anotações e conversarmos sobre. Acho que seria muito útil para alimentar e trabalharmos essas questões nossas...

Foi ótimo ver essas fotos e ver as reflexões em comum que delas surgem, que começam a se unir e com certeza criam um universo para o trabalho. Por exemplo, me remeteu muito a questão do mimetismo e do estranhamento. MUITO!!! E logo em seguida a Carol respondeu com a mesma coisa, aí já vejo um ponto muito forte para o trabalho.

Enfim, muito bom Fer!! Muito bom gente!!

Vamos continuar fomentando essas discussões!! São muito inspiradoras!!!

E uma coisa eu sei, quando uma puxa o fio, as outras VÃO logo em seguida costurando... Sempre!!

Beijos!!!

boa ju!