Não querendo fechar uma fórmula, mas sim organizar nossas percepções, (pré)concluímos o seguinte:
Durante a experiência de construção do "estado de bando" passamos por etapas distintas, que se completam e não necessariamente dependem uma da outra:
1ª - Fazendo igual, imitando (os tempos e as formas), reproduzindo, copiando.
2ª - Conectar-se no nível da vibração do outro, resposta por impulso, sensação, dilatação dos sentidos.
3ª - Realizando ações distintas, porém ligadas ao outro intimamente, de forma complementar - CAMPO DE COMPOSIÇÃO e de CRIAÇÃO.
Reflexões do texto de Perbárt sobre isso:
Como um ser pode tomar um outro no seu mundo, mas conservando ou
respeitando as relações e o mundo próprios?
Como se pudessem
coexistir vários mundos, mesmo no interior de uma composição maior, sem que
sejam todos reduzidos a um mesmo e único mundo. A partir daí, pode-se
pensar a constituição de um “corpo” múltiplo.
Num plano de
composição o que está em jogo é a consistência com a qual ele reúne elementos
heterogêneos, disparatados, e também como favorece acontecimentos múltiplos
Bando: "Não é fazer a mesma coisa de jeitos diferentes, mas fazer coisas diferentes do mesmo jeito".
Ou seja, o bando não tem o propósito de criar uma nova unidade - ele se faz justamente na composição entre as nossas diferenças.
por aqui (dia 25 de abril) experimentamos como dentro do "estado bando" podemos realizar ações: trocar de roupa entre si, dançar uma coreografia, disputar uma garrafa, sentar no sofá... interessante também, pois o bando não tem o propósito de criar uma unidade, mas em muitos casos os indivíduos estão num desejo comum ou parecido (comprar, comer, chegar, entrar, sair...).
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